segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Descompassado
(Dedico este poema a meu primo Gabriel Pólvora Pires)
No descompasso destes passos,
prossigo passante,
pois pensante sei,
que haverei de entender,
o que hoje é nebuloso.
Entre intervalos vagos,
divago no espaço,
de entropias utópicas,
de que nada sei.
Do que nada sei,
pareço saber,
de um bem querer sábio,
crédulo por acertos,
disserto por passos,
de compassos.
Danielle Ronald de Carvalho
A mediocridade humana é tamanha,
mendiga amor a cada instante,
com suas manhas.
Largados neste macrocosmo,
como microcosmos desamparados,
frágeis e sem respostas.
Nos enganamos para
suportar nossas existências.
Cada qual dentro de sua jaula.
Não importa a condição,
ninguém escapa de seus fantasmas,
não há capital para tal.
Danielle Ronald de Carvalho
Egocentrismo
Enamorado de ti,
encastelado sob as ruínas da tua persona,
giras sobre o teu eixo solitário
e enalteces o teu ego
com uma reverência.
- Como és belo,
diz o reflexo,
à esquerda de ti.
À direita de ti há um castelo de cartas.
Um sopro de vento
e o mundo vem abaixo.
O amor próprio despenca em queda livre,
narcisismo de ponta cabeça,
formando 90 graus.
Confuso, voltas-te para o espelho,
agora à direita de ti,
ajeita-o, limpa a tua imagem.
Há algo de distorcido.
O espelho cai.
Há cacos por toda parte
refletindo fragmentos de ti.
Quem sou eu?
Danielle Ronald de Carvalho
Enamorado de ti,
encastelado sob as ruínas da tua persona,
giras sobre o teu eixo solitário
e enalteces o teu ego
com uma reverência.
- Como és belo,
diz o reflexo,
à esquerda de ti.
À direita de ti há um castelo de cartas.
Um sopro de vento
e o mundo vem abaixo.
O amor próprio despenca em queda livre,
narcisismo de ponta cabeça,
formando 90 graus.
Confuso, voltas-te para o espelho,
agora à direita de ti,
ajeita-o, limpa a tua imagem.
Há algo de distorcido.
O espelho cai.
Há cacos por toda parte
refletindo fragmentos de ti.
Quem sou eu?
Danielle Ronald de Carvalho
anós
Estranhos entre "nós",
Vendados pelo eu,
Vivemos em breu.
Ontologia menos valida,
por muitos fingida,
em laços sem cadarço.
Solitários entre "nós",
acompanhados de vazio,
como dois estranhos no ninho.
Um muro que nos cerca,
entre buracos existenciais,
desprovidos de nós.
Danielle Ronald de Carvalho
Estranhos entre "nós",
Vendados pelo eu,
Vivemos em breu.
Ontologia menos valida,
por muitos fingida,
em laços sem cadarço.
Solitários entre "nós",
acompanhados de vazio,
como dois estranhos no ninho.
Um muro que nos cerca,
entre buracos existenciais,
desprovidos de nós.
Danielle Ronald de Carvalho
Simbiose
(Poema dedicado a Fernanda Bezerra de Almeida)
Do pó se fez eterno,(alma)
Do nó se fez de nós, (simbiose)
Do nós se desfez do eu. (individualidade)
De anós se fez a dor,(a construção do eu)
De uma flor que fez amor, (sentimento)
Dar-se libertador ao eu.
Deste eu eternamente teu? (o amor que aprisiona)
Ou
Deste eu eternamente só? (o amor que liberta)
Danielle Ronald de Carvalho
(Poema dedicado a Fernanda Bezerra de Almeida)
Do pó se fez eterno,(alma)
Do nó se fez de nós, (simbiose)
Do nós se desfez do eu. (individualidade)
De anós se fez a dor,(a construção do eu)
De uma flor que fez amor, (sentimento)
Dar-se libertador ao eu.
Deste eu eternamente teu? (o amor que aprisiona)
Ou
Deste eu eternamente só? (o amor que liberta)
Danielle Ronald de Carvalho
Expectativas
Um espectro de nosso ego,
Ecoando fantasias,
distorcidas,
reprimidas,
criativas,
Quase sempre tão evasivas,
abortivas,
deprimidas,
Uma idealização convidativa,
Ilustrativa,
Afirmativa,
Conotativa,
Contemplamos o nosso eu,
Solenemente,
Sem ter em mente,
Que de contente,
Ficarão somente,
Em mente.
Danielle Ronald de Carvalho
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