quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Indigestão


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015



Entrega



Se permitas entrega ser entregue.
Navegue nos sentimentos,
Detentos de amor.
Ame com coragem.
Desarme o temor.



Se jogue nas incertezas.
Beire a ribanceira.
A deriva é o teu lugar.
Desconforto dê um olá.
Abra mão de controlar,
Se entregue ao olhar.

Não há outro lugar.


O lar da escolha,
É a renuncia.
Não anuncie,
O desencanto.

Danielle Ronald de Carvalho





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015



O choro das rosas




Será que as rosas terão vez?

Por vezes tão cortejadas,

Adornadas e admiradas,

Não passarão de meras vitrinas,

De passantes observadores interessados por alguma pétala?

De que adianta tanta sensibilidade,

Se esta tem pouco valia?

Avaliam uma rosa por sua graça,

Desgraçam suas pétalas,

Percebem seus espinhos,

E se despedem com pressa.

Danielle Ronald de Carvalho







terça-feira, 3 de fevereiro de 2015



Poema dedicado ao poeta Fernando Pessoa


Na madrugada cálida,
Ardor existência,
Recorro a tua essência.

Fragmentos flertam contigo,
Ardentes por companhia,
Pessoa,
Encontro em ti partes de mim,
Minha alma se reconforta,
Aporta em teus versos,
Empatia absorta.

Me perco em tua dor,
Tomo ela como amor,
E me entrego sem dor.


Danielle Ronald de Carvalho




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015



Despedida


Hoje eu pulo deste barco,
marco a sua despedida.
À deriva eu não fico.
Vindico minha vida.

De mares revoltos,
sou calejada.
Minha jangada é andada.


Marco no relógio
A lógica dos ponteiros.
Me despeço por inteira.

Danielle Ronald de Carvalho

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Poema dedicado a Arthur Augusto Accioly de Carvalho


Sou o que de mim sobrou,
dos cacos deixados nos,
estilhaços da vida,

Da sobriedade pura
Ventura de ser
Boa ou má.

Renascerá, hoje e sempre,
Enquanto puder.



Danielle Ronald de Carvalho



                                   







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